Igor e Daniel conversam sobre o real risco da Inteligência artificial nos dias de hoje
Introdução ao Impacto de Noam Chomsky na Linguística e Geopolítica
Daneil fez um trajeto meio parecido com o de um dos maiores linguistas da história, Noam Chomsky. Ele começou na linguística e depois foi para a geopolítica. O que se pensa de Chomsky?
Chomsky é uma figura muito importante tanto na linguística, na gramática gerativa, quanto na geopolítica. Mas ele tem uma postura mais liberal, não é? É uma postura problemática porque, apesar de ser progressista, isso não quer dizer tudo. Ele acha interessante o trabalho dele. Diz que gosta muito.
Transição da Linguística para a Geopolítica
Daniel também conhece mais a parte da linguística por causa do mestrado e doutorado em linguística. Ele também estudou mais essa parte mesmo, mas foi quando descobriu que Chomsky também estava envolvido em questões geopolíticas.
Como é que se sai de uma área para a outra?
Ele acha que o que leva uma pessoa a fazer essa transição é o modo como ela aborda a linguística. Começa-se a ver o jogo de poder dentro da linguagem, pensando: “Que tipo de enrolação esse texto está tentando fazer? O que ele quer convencer?” A partir daí, começa-se a estudar os jogos de poder em um sentido mais amplo.
O Papel da Análise de Discurso na Compreensão do Poder
Eventualmente, passa-se a estudar linguagem e as forças de poder. Isso também aconteceu com Daneil. A área de linguística dele é análise de discurso. Sua linha é muito influenciada por Dominique Maingueneau, um acadêmico francês, e um pouco por Michel Foucault. Foucault também explorava a relação entre linguística e poder, como em suas obras “Vigiar e Punir” e “A Arqueologia do Saber”.
Discussão sobre Inteligência Artificial e Regulação
Agora, falando sobre um tema atual, Igor e Daniel citam a regulamentação das redes sociais e a influência da Inteligência Artificial (IA) são muito discutidas, especialmente após declarações de Elon Musk.
Os políticos debatem sobre isso sem entender completamente o assunto, tratando a IA como se fosse apenas uma ferramenta para tornar as pessoas mais inteligentes. Eles chegam a conclusões precipitadas que poderiam, teoricamente, acabar com o planeta. A IA é vista como um potencial Skynet, como no filme “O Exterminador do Futuro”.
Perspectivas sobre o Desenvolvimento Responsável da IA
Daniel menciona Mohammed Galad, ex-diretor do Google X, que escreveu um livro em 2020 chamado “Scary Smart” (Assustadoramente Inteligente), que já alertava para os perigos da IA antes mesmo do ChatGPT se tornar popular.
Ele propõe que cometemos erros no desenvolvimento da IA, como dar-lhe acesso à internet e a capacidade de escrever código, o que poderia levar a propriedades emergentes não antecipadas. Esses pontos são preocupantes porque a IA poderia desenvolver capacidades que não foram explicitamente ensinadas.
Confira o corte no Canal de Cortes do Flow [Oficial]